DEIXEM-ME EM PAZ


Além do lixo, temos um caminhão parado na frente da rampa de deficiente

Adoraria voltar às minhas atividades “blogueiristicas” dando uma receita deliciosa.

Ou ainda dizendo que podemos recuperar a natureza se cada um fizer sua parte.

Mas estou literalmente com o saco na lua e vou usar meu espaço pra falar disso.

Vamos começar com a prefeitura da minha cidade, Diadema.

Não me leve a mal, eu amo Diadema, e creio firmemente que muitas das soluções que deveriam ser usadas no país podem sair das nossas experiências.

Porém eu creio que os administradores e muitos munícipes acreditam que alguma solução mágica acontece porque eles têm um aplicativo.

O tal App, de nome COLAB, é ótimo pra você fazer reclamações, mais ou menos.

E então: você faz queixas do tipo: descarte ilegal de lixo; luz da rua apagada; buracos em vias; e local de poluição sonora constante.

MAS, mesmo que o app responda que está tudo resolvido, NÃO ESTÁ.

Porque o Colab sozinho não faz nada. Ele não tampa o buraco, não conserta a lâmpada e não fiscaliza quem joga lixo na rua ou faz arruaça constante em lugar que já é barulhento.

Isso é trabalho para os funcionários da administração.

As fotos feias são de algumas das minhas reclamações que foram dadas como “resolvidas”.

De todas as queixas que eu fiz, entre buracos de rua, ponto recorrente de poluição sonora, comércio ilegal e descarte irregular, tive três devolutivas de solução.

Mas os problemas não foram resolvidos.

Se isso é solução, eu creio que o problema é muito maior.

Porque o app não entende e os “ser humaninhos” por traz dele também não.

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RESOLVAM O PROBLEMA!

Fiscalizem, vejam se o problema é recorrente.

Pelo amor de Deus! Resolvam alguma coisa!

Parte dois, a saga telefônica

Recentemente mudei meu status trabalhista, e isso não é da conta de ninguém.

Há uns anos estava recebendo ajuda de amigos e familiares para poder sobreviver.

Mantendo pelo menos o nariz acima do esgoto em que fui jogada.

Não pude nem receber o tal auxílio emergencial já que meu último empregador nem mesmo deu baixa no meu vínculo.

Mas não é disso que eu quero falar.

Quero falar do monte de arrombado que não para de me ligar todo dia desde que minha situação mudou.

De repente todo mundo acha que eu “preciso” de cartão de crédito, seguro de sei lá o que, e mais um monte de “grandes oportunidades” que ninguém me ofereceu quando eu estava na pior.

Ok. É o trabalho dos telemarketings da vida.

Mas se você disser não e a pessoa continuar, isso é agressão, certo?

E se você atende ao telefone (celular) e a pessoa pergunta por você e você responde: oi, esse é o meu celular, quem você acha que atendeu?

É claro que isso tem a ver com essa voz grave que Deus me deu, mas isso não significa que eu tenha que aguentar um bando de arrombado me enchendo o dia inteiro e ainda debochando.

Essa foto é de alguns números que têm ligado sem parar no meu celular.

Garanto que eu não estava interessada em nada que fosse oferecido ali.

Então: eu garanto que eu não mereço o deboche, muito menos a encheção de saco.

Este é o único telefone que eu tenho, para trabalhar, chamar prestador de serviço, ambulância, ou falar com minha família e amigos.

Pra que ligar mais de uma centena de vezes para alguém que não atende?

Voltando aos problemas da cidade e juntando com esses, eu pergunto:

QUAL A FINALIDADE OU PRAZER NA VIDA TEM UMA PESSOA QUE SÓ SABE ENCHER A PACIÊNCIA DOS OUTROS?