Estamos na semana Santa e, por tradição, católicos não costumam consumir carne vermelha durante este período.
Eu fiz uma promessa de evitar durante a quaresma toda, mas isso não é, como dizem alguns, ‘bobagem obscurantista’.
Primeiramente porque isso não é um dever e sim um sinal de respeito.
Desculpem por começar essa postagem desse modo meio agressivo.
Mas vejo tanta zombaria agressiva em redes sociais (e fora dela), que me pergunto de onde vem tanta mediocridade e rancor sem noção.
Uma moça em um dos grupos do qual faço parte perguntou se podia comer carne vermelha ou não.
Então, entre alguns comentários havia piadinhas do tipo:
“Não adianta ser uma vaca o ano todo e deixar de comer carne na quaresma”.
Perguntei-me qual a finalidade dessa bobagem.
A única coisa que me veio à cabeça foi: a internet deu voz para pessoas que deveriam ter nascidos mudas.
Mas, por outro lado, há certa razão.
Não adianta fazer maldades o ano todo e penitência na Semana Santa.
Isso seria o semelhante aos cinemas que passavam pornografia o ano todo durante estes dias ficavam exibindo filmes bíblicos.
Porém esta é a semana da Páscoa, tempo de renovação, e isso tem que começar por dentro.
Podemos ser melhores, evitando debochar dos outros, seja nas redes sociais (o local mais covarde do mundo) ou na vida real.
Para começar, a Páscoa não nasceu com Jesus e os Cristãos.
Sua origem mais remota é hebraica, o Pesach, que significa passagem.
Para os Cristãos, o termo passou a significar a Ressurreição, o que nos leva à renovação.
Precisamos muito renovar nosso modo de viver e pensar.
Estamos na semana da Páscoa.
Começamos mal, com governantes falando bobagens em redes sociais e pessoas do mal apoiando.
Tivemos um grande incêndio em uma das catedrais mais belas do mundo (Notre-Dame de Paris).
Para “ajudar, mais um monte de notícias de epidemias e fome pelo mundo, portanto, não se importem se é ou não tempo de comer carne ou bacalhau.
É tempo de mudar.
Vamos começar mudando a nós mesmos, nos espelhando talvez na Nossa Senhora das Dores.
Aquela pobre mulher que viu o próprio filho ser morto na cruz, tendo como apoio apenas um dos discípulos (João), algumas parentes mulheres e Maria Madalena.
Pessoas de coragem que apoiaram até o fim.
Lembremos que a Semana Santa começa com uma entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.
Ramos são colocados à passagem do Cristo aos gritos de:
“Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!”
Mas, pensem. Essas mesmas pessoas são as que mandam soltar Barrabás e gritam: “crucifica-o!”.
Pessoas influenciáveis como as que vemos por aí, pelas ruas e na internet.
Se aproveitando do anonimato da multidão ou das redes sociais apenas para mostrar sua covardia.
Senhor! Perdoai! Eles não sabem o que fazem.
Mesmo assim pensem na mudança e façam isso primeiro em si mesmos.