A vida dura da comunicadora


Quem entra no meu blog e perde algum tempo vendo meu perfil, sabe que sou da área de comunicação, particularmente o jornalismo.

Muitos que veem isso acreditam que minha vida, assim como a da maioria dos meus colegas de profissão é uma coisa linda, cheia de benefícios e pouco trabalho.

#SÓQUENÃO

É uma vida de trabalho duro, no qual você fica muitas vezes sem dia de descanso, já que nossa matéria prima, a notícia, não espera para acontecer.

Vemos muitas coisas que as pessoas nem sonham; descobrimos coisas que as pessoas nem supõem, mas não é por nossa vontade própria que as coisas são divulgadas ou não.

Mas isso não é o bastante, principalmente no Brasil, onde uma grande parte das pessoas se recusa a ler e usa as mais diversas desculpas.

Pior, gente que acha que o compadre da mídia social é que sabe de tudo, e ninguém questiona nada.

Gente que acredita na mentira porque é mais cômodo do que aceitar a verdade, mesmo que desagradável.

Não sendo o bastante, estamos em uma crise de trabalho geral no país.

São mais de 15 milhões de pessoas sem trabalho, e a área de comunicação é bastante prejudicada nas crises.

Somos considerados luxos desnecessários.

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E nessas horas, em que não aparece nada, pessoas, como eu, entram na internet e buscam saídas do que fazer para arrumar dinheiro.

Então, nesse mundo virtual, muitas coisas aparecem: Blogs, YouTube, redes sociais, Tik Toks, enfim, um novo mundo se descortina para quem se aventurar.

Mas não pensem que isso é uma brincadeira, pois não é.

Darei um exemplo: há um canal de Youtube brasileiro, que é considerado o maior canal de Harry Potter do mundo.

A última vez que vi os números, o canal tinha mais de 1 milhão de seguidores e crescendo.

Ainda assim, o dono do canal chama a atenção para os likes dos vídeos que ele posta duas a três vezes por semana.

Pouco? Pois é, mas esse moço escreve roteiro, pesquisa sobre o que vai falar, responde perguntas, enfim, tem um trabalhão para fazer os vídeos e divulgar o canal.

Porque ele chama atenção para os likes?

É porque só assim a plataforma (Youtube) enxerga que a visibilidade dele é grande e distribui melhor os conteúdos e faz a monetização para os produtores.

Então, chamar a atenção para os likes, bem como distribuir os conteúdos para o maior número de pessoas é o que aconselho a dois amigos que ingressaram recentemente nessa plataforma, os canais “ALOCSEESCOLA”, de educação e “Lado a Lado”, entrevistas (AMBOS PODENDO SER ACESSADOS NOS LINKS).

No meu caso, escolhi a escrita blogueira, muito diversificada, porque eu gosto de escrever sobre muitas coisas.

Sim eu dou receitas e às vezes escrevo umas preces, mas sempre falo sério, especialmente quando o assunto é trabalho.

Mesmo que seja só uma receita, há um motivo para ela estar ali.

Nos meus quatro anos escrevendo em “Depois dos 39”, nunca fiz nada que não tivesse pesquisa envolvida.

Aprendi muito com a pessoa que me convenceu a entrar nesse mundo, meu amigo Gaefke, escritor e blogueiro (Meu Anjo).

Com ele aprendi que devo escrever sempre; pesquisar para não escrever bobagem, e, principalmente, não desistir.

E não é fácil. Dá trabalho para caramba.

Você pesquisa, confirma dados, procura fontes de informação, fotos, tratamento de fotos etc.

Leva um tempo enorme.

É o que tenho feito, e mesmo em todo esse tempo, toda vez que divulgo um conteúdo, uso todos os canais possíveis e imagináveis.

Mas não saio divulgando conteúdo irresponsavelmente.

Divulgo a maior parte dos conteúdos em uma lista de transmissão de amigos e familiares; mas isso não é o bastante.

Tenho que divulgar em grupos diferentes e plataformas diferentes, assim vocês verão Depois dos 39 no Facebook (página, pessoal, grupos etc.), Instagram, Pinterest etc.

No caso dos blogueiros, também temos necessidades de cliques para ganharmos nossos cents, e é por isso que, como o youtuber que pede os likes, eu peço cliques nos anunciantes.

Já fui punida por isso, mas de vez em quando é necessário, porque o Google adora mudar as regras no meio do jogo e arrumar desculpas para penalizar quem trabalha pra eles a preço muito módico.

Então, deste modo, é necessário pedir sempre que seu conteúdo seja compartilhado, pois isso gera novos seguidores.

Acha fácil? Não é.

O cara que tem mais de 1 milhão de seguidores, cada vez que publica um conteúdo, consegue milhares de visualizações, mas, mesmo ele, sempre pede para clicar.

Um vídeo dele que vi semana passada, tinha umas 300 mil visualizações, mas apensa 20 mil likes.

Menos de 10% levou em conta que clicar no like não cai o dedo e ajuda o conteudista.

E agora, pressionado pela banalização do tik tok, a plataforma de vídeos gratuitos está cobrando de seus produtores de conteúdos que façam “short vídeos” para fazer frente.

Ora bolas, se nem o gigante do mundo da internet se mantém, quem somos nós?

Terminarei dando um recado a pessoas que acham que isso que fazemos não é trabalho: É SIM!

E dá trabalho, toma tempo, e cansa, mas você continua fazendo porque é o que você sabe fazer, e é a profissão que você escolheu.

Finalmente, fazemos porque precisamos ganhar a vida.

 

 

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