Você precisa fazer sentido!
Esta é a segunda postagem sobre redação que publico, e não quero me gabar não, mas ela é necessária.
A primeira foi sobre conhecer palavras (veja aqui), para saber qual o significado delas e não passar vergonha ao escrever.
Aliás, não importa o que você vai escrever: bilhetes, comentários virtuais etc., e agora vou tentar explicar o porquê “fazer sentido”.
Sim temos montes de palavras, algumas coisas têm mais que uma palavra para designá-las.
Mas não adianta juntar o dicionário inteiro e não dizer nada.
Fazer sentido é comunicar alguma coisa a alguém, e se não conseguimos isso, não estamos escrevendo.
É como ficar um monte de animais grunhindo num alarido sem sentido.
Para começar, ao escolher o tema sobre o qual vai escrever, tenha em mente que você precisa ter conhecimento sobre ele.
Precisamos parar de escrever aquilo que nós “achamos” que é.
É urgente saber sobre o que estamos tentando comunicar.
Esse “achismo” é uma das coisas mais perniciosas da comunicação nos dias atuais, além de ser o estopim da péssima redação.
Então: toda vez que for escrever algo, a primeira coisa a fazer é ter uma estrutura básica.
Primeiramente, comece com um tema (sobre o que vamos escrever).
Aí você escolhe um título (que pode ser colocado antes e mudado depois).
Depois tenha uma linha de pensamento com início, meio e fim.
Tudo precisa ter coerência!
Frases precisam de início, meio e fim! Exemplo?
“Eu, Rita Palladino, estou tentando ensinar algumas técnicas básicas de escrita”.
Assim sendo, darei alguns exemplos (reais) do que NÃO fazer escrevendo.
Em uma rede social a pessoa publica algo. “Estou pensando marmita, o que comida? Ideias?”
Se alguém entendeu o que a pessoa aí disse: Parabéns!
Você é um ser de outro planeta.
Mas a frase seria coerente se a pessoa escrevesse:
“Estou pensando em fazer marmitas para vender”.
“Que tipo de comida eu deveria colocar? Alguém tem sugestões?”.
Sei que a frase parece longa, e dividida em vários períodos, mas essa é uma hora em que não se deve ter preguiça.
A hora de escrever e comunicar algo a alguém se fazendo entender.
Ah! E eu corrigi o português da frase original, que ficava pior ainda.
Parece chato a gente corrigir o português de alguém, eu mesma sou cheia de imperfeições.
Porém é inadmissível uma pessoa estudar por anos a fio e não aprender nem o básico.
E ando lendo tantas barbaridades em placas de ruas, redes sociais, jornais e revistas, que meus olhos estão a ponto de sangrar.
Portanto, vamos lá.
Lição um: conheça as palavras.
Lição dois: forme frases coerentes, com sujeito, verbo etc.
Uma frase tem começo, meio e fim; e expressa uma ideia.
Isso deveria ser aprendido na primeira infância, com frases curtas, que serão mais elaboradas com o tempo.
Terceira lição: leia livros! Pare de preguiça!
Não me importa se vai ler romance de banca de jornal; ficção barata ou livros de mecânica quântica!
O que importa é que se aprende muito com a leitura.
Então, a leitura torna nosso pensamento mais coerente.
Ela faz que vejamos com clareza quando uma frase faz sentido ou não.
Quarta lição: se tiver dificuldades de formular uma frase, escreva primeiro à mão.
Quando se escreve à mão, a nossa mente tem mais facilidade de acompanhar a estrutura da frase e o que queremos dizer com ela.
Quinta lição: leia sua frase em voz alta.
Se você não entender o que escreveu, os outros também não entenderão.
Finalizando: quero que o leitor pense muito bem antes de escrever um texto.
Então, se o que você vai escrever é a mesma coisa que os outros, vale a pena reprisar ideias?
Da mesma forma: o conteúdo é relevante?
Será que as pessoas vão entender o que eu escrevi?
Afinal, eu transmiti alguma ideia?