Não há um só município da Grande São Paulo que não tenha casos parecidos de locais criados para ser um polo de esportes e lazer e não estejam em abandono. São áreas verdes com lixo e entulho acumulados, locais próximos a córregos que, na verdade, são esgotos a céu aberto, bem como lugares onde as crianças dividem seu espaço com ratos, baratas e outros espécimes que não ajudam o lazer, nem a saúde de ninguém.

A culpa é das autoridades? Em parte sim, porque eles têm o dever de fiscalizar e multar, mas não o fazem. Entretanto a maior culpa cabe à própria população, que joga lixo em locais indevidos. São pessoas que fazem obras e não contratam uma caçamba para coletar seus dejetos; pessoas que levam seus animais para passear e, claro (!), usam a via pública como banheiro, sem levar em consideração os usuários; gente que não sabe o que fazer com certos “trastes” que tem em casa e, simplesmente, coloca para fora, atrapalhando a calçada, as praças, as áreas de lazer e por aí vai.

Daí, o que vemos é um cenário de desolação. Com lixo espalhado por toda a parte, o mato tomando conta dos espaços, o pavimento esburacado, e também a ausência de equipamentos que poderiam atrair as populações para esses locais. Por mais que as municipalidades invistam em polos de lazer, o que acontece na maioria das vezes é que estes se encontram sempre nos grandes centros ou nos bairros mais nobres.

Enquanto isso, as pequenas praças dos bairros mais distantes (quando elas existem) estão em completo abandono, à mercê de quem queira dominar o local. Como esses bairros são carentes de locais para esportes e lazer, quem continua frequentando o local se sente bastante incomodado.
Talvez seja o caso de se fazer uma reurbanização dessas áreas, mas esse trabalho deve vir acompanhado de uma conscientização da população para que esta também ajude a manter esses locais.