A partir de um pedaço de poema falarei do ato de cozinhar
“Cozinhar é o mais privado e arriscado ato.
No alimento se coloca ternura ou ódio.
Na panela se verte tempero ou veneno.
[…]
Cozinhar não é serviço.
Cozinhar é um modo de amar os outros.” (Mia Couto)
Hoje, olhando as redes sociais, vi que uma amiga publicou esse trecho de poema.
É uma amiga muito querida e sempre olho as postagens dela.
Ao contrário de muitas coisas que vejo, os posts dela são sempre amorosos.
Ela distribui carinho e amor ao próximo em lugares onde o rancor impera.
Esse de hoje serviu para me inspirar.
Assim como eu, essa amiga é fã de culinária e gosta de cozinhar para os outros.
O nosso ato de cozinhar é nossa forma de mostrar a alguém que nos importamos.
É a nossa maneira de levar felicidade aos amigos e familiares.
Em um mundo onde muitos não têm o que comer;
Onde muitos comem apressadamente;
No qual as pessoas não se dão conta que alimento é vida;
Quero que as pessoas reflitam sobre o quanto é importante cozinhar para as pessoas que amamos.
E sobre o que vamos cozinhar.
A alimentação foi o que transformou nossos corpos e cérebros através dos milênios.
É o que nos separa de nossos ancestrais.
Ainda estamos a caminho da evolução, mas, acredito eu (!), que seria mais bacana se fosse ao redor de uma mesa.
Uma mesa com comida gostosa e uma conversa melhor ainda.
De preferência com aquela receita passada de geração em geração até chegar a nós.
Em tempo: Cecília, ando com muita saudade daquele bolo com goiabada. Precisamos marcar e fazer juntas!