Não importa qual a marca eu quero deixar neste mundo. Não sei se conseguirei.
Desanimada? Certamente!
Já faz algum tempo que tento escrever esse texto, mas sempre desisto.
Primeiro porque não quero espalhar no blog minhas tristezas pessoais.
Tristezas que vão além de tudo que acontece no mundo.
Há mais de quatro anos comecei um blog diversificado.
E desde então tento fazer essa meleca decolar.
Não tenho como dizer que tipo de assunto me gerou mais leitores.
Isso variou tanto quanto meus posts.
Minha tristeza é ouvir que estou no caminho errado.
Frases como: você “deveria escrever sobre isso ou aquilo”, me deixam mal.
Ou alguém dizendo: isso aqui rende mais que receitinha de bolo…
Parece até que minhas receitas são só receitas…
Para quem não sabe ou leu na descrição, sou jornalista.
Tudo que escrevo é pesquisado e pensado, até a receita de bolo.
Mas ouvir algumas coisas me faz sentir a mais incompetente das criaturas.
É como se tudo o que eu aprendi e continuo a aprender não valesse nada.
Não me levem a mal. Sugestões são ótimas, mas neste momento da vida cansei de recomeçar.
Preciso de alguma certeza neste mundo louco.
Não sei se é o Natal, a idade ou a solidão batendo, mas preciso de um porto seguro.
Preciso que alguém me contrate por minha capacidade.
Que um único ser veja que eu tenho valor.
Quero que vejam que este blog não é uma futilidade.
Alcançar alguma alma que leia e aprenda algo comigo.
Essa sensação de nulidade precisa terminar.
Sim! Este blog é um modo de ganhar dinheiro e eu faço de tudo para ele decolar.
Porque não é só pesquisar, escrever, pensar como distribuir.
É saber em que grupos enviar.
A quem interessa o que eu escrevo?
Só quero acabar com essa sensação de fracasso que me acompanha.
Esse é o presente de Natal que eu quero.
Saber que sou minimamente relevante e este blog vai desembestar.