Não me lembro de quem foi que disse a frase: “deveríamos ter duas vidas, uma pra ensaiar e outra para representar”.

Inicialmente eu acho que foi o Vittorio Gassman, ou será o Paulo Autran?

Mas não importa.

Sempre penso nela de vez em quando.

Assim como penso se precisamos mesmo de duas vidas ou não.

Às vezes eu acho legal a ideia de duas vidas, em outras acho que uma vida só é mais que suficiente.

Por que eu penso isso?

É que ver a humanidade continuar repetindo os mesmos erros de sempre e achando que o resultado será diferente é cansativo à beça.

Em outras vezes, eu penso nisso quando vejo que temos sempre que lidar com as perdas.

São entes queridos que partem ou situações que nos deixam fora de condições.

E acreditem: eu perdi mais do que ganhei.

Sério pessoal, às vezes eu me sinto como aquela pessoa que resolve um pequeno problema e logo aparecem outros três ou quatro problemas maiores a resolver.

Primeiramente, não me levem a mal, não estou reclamando.

Além disso, mais do que muita gente, eu reconheço que tive muita ajuda para sobreviver neste mundo. Mais ajuda do que eu mereço.

Eu fui abençoada com pessoas que me levantaram do chão quando eu estava mal, mas também cruzei com muitos que só queriam me derrubar por prazer.

Talvez o problema seja que eu não tenha me doado o bastante. Não sei.

Então: não sei se aguento duas vidas como a minha.

Uma vida que teve mais erros do que acertos.

E tudo o que posso dizer é que os erros foram todos meus, e não busquei a queda dos outros junto comigo.

Agradeço a todos que me deram apoio que me ajudaram em momentos ruins.

Espero ter ao menos agradecido direito, já que nunca pude compensar pelo apoio.

Prometo voltar à programação normal em breve.