Meu post deste mês das mães, e lembrando que sempre no segundo domingo de maio é o dia delas, é bem pessoal.
Quero lembrar a minha mãe, e como seria se ela ainda vivesse.
Vejo as pessoas andando pelas ruas sem olhar nos olhos umas das outras, presos a uma tela de celular, ou no trabalho, presas na tela de um computador.
Estamos discutindo leis que regulamentam as grandes Techs como quem põe a tranca na porta depois que arrombaram.
Pessoas andando sem atenção, tropeçando pelo caminho como se responder a uma mensagem ou olhar aquele post fosse mais importante do que respirar.
Então: não é.
Precisamos voltar a pensar com calma e lembrar que de urgente só o ato de salvar uma vida e a vida não está nas telas.
Creio que minha mãe, que não era a mais paciente das criaturas, pensaria que o mundo endoidou.
Isso porque vejo muitas pessoas perderem o interesse pelo real só para ficar em um mundo virtual.
O desejo de compartilhar é tão grande que ninguém checa se um fato é verdadeiro.
Apenas compartilha, mesmo que seja pela milésima vez…
O tal mundo virtual que deveria ser uma ferramenta de conhecimento compartilhado virou o mais tóxico dos lugares.
Um mundo que não nos traz nada de bom, nem um motivo para nos perdermos nele.
Queria lembrar para as pessoas, tão fixadas na tal inteligência artificial, que nada nesse mundo nos abraça; computador não incentiva; televisão não consola e com certeza a IA não vai resolver seus problemas de caráter.
Mãe faz isso.
E nesta hora peço às mães do século XXI para tirarem seus olhos da tela e olharem mais os seus filhos.
Eles precisam ser criados por vocês e pelos pais deles (se tiverem), não por objetos inanimados.
Seus filhos precisam de contato humano real e caloroso e não de boots mentirosos.
Mas essa é uma discussão mais profunda.
Neste post quero lembrar a minha mãe, que sempre trabalhou e mesmo assim sempre me dedicou tempo, carinho, reprimendas quando eram necessárias.
Que me ensinou que a vida é aprendizado eterno, e que violência nunca pode ser a resposta.
Quero dedicar esse post às minhas tias, sobrinhas e primas, que são mães, mesmo que em espírito.
Às minhas amigas e colegas (não vou nomear pois a lista não teria fim!).
Quero dedicar a todos que sentem saudades da mãe que já se foi.
Às mães que perderam seus filhos, porque na verdade não os perderam, apenas pegaram um atalho para outra vida.
Quero mais que tudo lembrar todas as mães que estão neste mundo, tentando desesperadamente cuidar de seus filhos.
Não está fácil viver, e mesmo que sejamos muito fortes, somos vulneráveis diante de tanta violência.
Que Deus nos proteja e que todas nós tenhamos um bom dia das MÃES!