Natal! Ah… os filmes de Natal


Já faz uns dias que estou remoendo esse assunto, porque nesta época do ano (pelo menos nas TVs por assinatura ou no streaming), há uma profusão de filmes com o tema “Natal”.

E todos eles nos lembram de como devemos ser bons e mudar nesta época do ano e coisa e tal.

Mas temos uma fileira de filmes tão bocós que dá vontade de sermos malvados só pra ver o que acontece.

Veja bem! Sou uma filha do século XX e vi grandes cineastas fazerem filmes maravilhosos de Natal.

Onde está “A Felicidade não se Compra” (Frank Capra – 1946) do século XXI?

Tudo o que vemos é um mocinho/mocinha que tem que voltar para a cidade onde nasceu.

Ou vão a alguma cidadezinha bem natalina.

No fim eles encontram o amor e um sentido para a vida durante as festas.

O filme que mencionei também faz um pouco disso.

Mas a maior lição é de que devemos nos doar pelos outros e esse é o verdadeiro sentido da vida.

É saber que, sem você, o mundo seria pior e que você melhora ao menos as coisas ao redor.

Claro que o George (personagem principal), faz isso o tempo todo e não só no Natal, e acaba sendo recompensado.

Mas este filme não é sobre recompensas,  e sim sobre fazer o bem sem olhar a quem.

Esse filme nos lembra que importância têm a família e os amigos.

As pessoas que nos tocaram durante a vida sem precisar usar dinheiro para isso.

Nos lembra a importância de fazer coisas em família, e não apenas no Natal.

Por isso eu sempre recomendo fazer tarefas caseiras em família.

Nesta época do ano, é legal todo mundo se juntar para tirar do guarda-roupas aqueles excessos e doar, não apenas a instituições, mas por conta própria.

Faça biscoitos para receber seus amigos, mas doe alguns também àqueles que não têm nada.

Lembre-se de o número de pessoas necessitadas aumentou muito.

Voltando aos filmes natalinos, que se tornaram uma mesmice.

Iguais a um copo de água com toneladas de açúcar.

Outro filme que lembra a importância da família, mas de um modo bem sarcástico, é “O Árbitro” (Ted Demme – 1994).

É uma comédia de humor negro em que um ladrão fugitivo sequestra um casal na véspera de Natal e acaba se tornando o juiz de relacionamento, não só do casal, quanto da família toda.

Olha aí a importância de resolver relacionamentos!

Mas o que eu realmente faço questão de dizer é que, mesmo que a gente só lembre desses sentimentos na época das festas, seria muito melhor que lembrássemos disso o tempo todo.

Todas as vidas importam.

Os relacionamentos não são mercadorias.

As pessoas não são descartáveis, e os filmes de Natal da Hallmark são todos iguais, só mudam de endereço.

Em tempo: o primeiro livro que li na minha vida foi “Conto de Natal” de Charles Dickens, que virou uma centena de desenhos animados e filmes.

Nele, o avarento Scrooge é visitado por fantasmas do natal que mostram o quanto é necessário evoluir e se tornar uma pessoa melhor.

Ainda estamos numa pandemia.

Vamos aprender com essa provação e, deste natal em diante, nos tornar pessoas melhores e com mais empatia?

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