E o que têm os coelhos a ver com isso?
Para começar, nem os ovos, nem o coelho têm a ver com as tradições judaico/cristãs de festejar a Páscoa.
Aliás, muito diferente entre si, mas muito igual em significados.
Então explicarei isso depois de falar em ovos e coelhos.
Essa tradição dos ovos tem origem muito antes do nascimento de Jesus Cristo.
Os ovos eram símbolo de fertilidade e renascimento, utilizados para celebrar o Equinócio da Primavera no hemisfério Norte (a 21 de Março).
É o fim do inverno e a chegada da estação do florescimento da natureza.
Na época, as pessoas ofereciam ovos e os agricultores até os enterravam para obterem uma boa colheita.
Como essa coisa chegou à Páscoa cristã?
Caso alguém duvide disso, a tal “última ceia” nada mais é do que o Seder do Pessach, a ceia antes da libertação.
Desde então, os cristãos comemoram a Páscoa, que é a certeza do renascimento.
E quando a Páscoa começou a ser celebrada pelos cristãos, a data coincidia com a celebração do Equinócio de Primavera.
Então os crentes associaram os ovos à ressurreição de Cristo.
Os coelhos meio que entraram de gaiatos.
Mais tarde, alguns chocolatiers franceses criaram o ovo em chocolate para distribuir no Domingo de Páscoa.
Em alguns lugares, as famílias escondem os ovos pela casa, jardim etc.. e fazem uma caça ao tesouro de chocolate.
As tradições de Páscoa variam de país para país.
Há alguns que ainda oferecem ovos comuns, com belas pinturas e decorações.
Mas chocolate, essa coisa maravilhosa nascida nas Américas (o cacau é nativo daqui) está acima do bem e do mal.
Em forma de ovo, ou um simples bombom, ofereça a alguém, desejando a essa pessoa os melhores votos!
Que esta Páscoa seja um renascimento para todos.
Precisamos nos libertar da escravidão do mal e da mesquinharia.
Sejamos generosos como a natureza, que, mesmo maltratada, é generosa conosco e renasce!
Feliz Páscoa! E que nos libertemos de todo o mal!