Relato de uma cidadã desrespeitada


Vocês perguntarão por que estou postando isso nas redes sociais, mas estou cansada de procurar segurança e respeito junto às autoridades.

E, não. Este não é um post político contra este ou aquele partido ou gestão.

É um problema que eu vivo na pele há mais de 10 anos.

Quando me mudei de São Bernardo para cá eu tinha certo sossego, mesmo morando em uma avenida de grande movimento.

De uns 10 anos para cá o grande movimento da cidade, especialmente de Piraporinha, cresceu exponencialmente, mas trouxeram consigo pessoas que não sabem o significado de RESPEITO.

E, com isso, temos um bairro em que cada um faz o que bem entende, sem lembrar que precisamos respeitar os vizinhos.

Entre os dias 12 e 16 de outubro, liguei três vezes para a GCM DE DIADEMA nos telefones para denunciar perturbação do sossego.

Ah! A propósito, espero há 10 anos que a GCM resolva esses problemas.

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Nem sei mais quantos protocolos de atendimento tenho disso.

As oficinas próximas tocam som tão alto que não há como um ser pensante trabalhar.

Agora também não podemos dormir, já que as ligações desta semana aconteceram próximas à meia noite.

Algum desocupado sem vergonha resolve que tem que ouvir música no seu carro e alguém que mora em Marte também é obrigado a ouvir.

Estaria tudo bem se os meus milhares de pedidos para as polícias (PM, GCM, Civil) houvessem sido atendidos.

Aí você entra nas redes sociais e perguntam bobagens como: “você chamou a GCM?”; “Ligou pra PM?”; “Reclamou no atendimento”?

Dá vontade de vomitar.

Agora tem um aplicativo (Colab), indicado para (tecnicamente) atender aos cidadãos.

NÃO ATENDE!

Você pode até se queixar de algumas coisas como funcionamento ilegal de estabelecimentos, falta de luz na rua e coisas assim.

Ah! E entrei com queixas no tal Colab que nem respostas tiveram.

E de falta de luz na via levou oito dias para ser solucionada.

Mas não dá para você chamar a GCM ou falar de uma coisa que acontece há anos sem solução.

Sinto-me como consumidora lesada, já que pago meus impostos de taxas (pessoa física e jurídica) nesta cidade e não tenho retorno.

Antes que vocês me chamem de velha chata, só consigo dizer o incômodo que eu sinto, mas não consigo fazer vocês sentirem o mesmo.

Só os moradores com mais de dois neurônios deste bairro entenderão.

O quanto é cansativo você não ter um minuto de paz para trabalhar, descansar, ver TV, ler, dormir!

Ontem, dia 20 de outubro, liguei pela 30ª vez, este ano, para fazer um registro de ocorrência na GCM de Diadema.

Era quase meio noite e eu estava dormindo, mas meu sono foi interrompido por som muito alto e uma gritaria vinda da Rua Tabajaras. Um veículo na rua com pessoas “ouvindo um som”.

Claro, que ninguém pode descansar no bairro, porque ninguém tem que acordar para trabalhar no dia seguinte.

O atendimento do outro lado me diz que EU preciso identificar os veículos para ele.

E eu pergunto: “como assim? Estou dentro da minha casa e não no local”.

É como se eu tivesse que fazer o trabalho da patrulha que não vemos mais circulando neste bairro, a não ser no horário comercial e na parte comercial.

Cidadão comum, mesmo que tenha um negócio na cidade e que pague impostos na cidade tem que fazer o trabalho de segurança.

Deve ser por isso que se contrata vigilância alternativa (que também não faz o trabalho).

Porque não somos atendidos.

Não se trata de ligar para bater um papo pessoal. O telefone vocês atendem, mas a questão é que não vejo uma solução real para o problema.

Não vou acusar esta ou aquela administração, mas vocês estão deixando os cidadãos de Diadema no bico do corvo.

E assim temos: bares com música alta em todas as partes, usando a rua como se fizesse parte do estabelecimento; oficinas mecânicas onde os donos fazem festas barulhentas; pessoas arruaçando; e uma violência que não é mais familiar a nós.

Precisa mesmo incomodar todo mundo para se divertir?

A diversão dessas pessoas é encher a paciência das outras? Amedrontar, ameaçar etc.?

Sei que isso parece banal diante de tanto escândalo neste país. 700 mil mortes; abuso de menores, estupros, tráfico de drogas e influências, 33 milhões de famintos.

Mas todo problema grande começou com um problema pequeno que não foi resolvido.

E não foi resolvido porque faltou vontade de resolver. Faltou vergonha na cara.

Isso nem desrespeito é mais, é terrorismo.

Então: sei que estamos todos precisando extrapolar um pouco, mas se perdemos o respeito ao direito dos outros, pelo que lutamos?