Outro dia postei uma lembrança de um passeio no Alto Tietê (Veja Aqui), e ali coloquei uma curiosidade: uma igreja da região, que é a única no Brasil a ter uma imagem do tal santinho, o santo dos objetos perdidos.
Então me dei conta de que nunca falei desse santinho, comemorado em março, que poderia ou não ser o mês da conversão dele.
Diz a lenda que o tal “Longuinho” foi um dos soldados romanos destacados para acompanharem o calvário, a crucificação e a morte de Jesus.
Dizem que seu nome era Longinus, depois associado à lança que feriu o lado do Cristo, de onde escorreu sangue e água, como mencionado no evangelho de São João.
Também pode ser o soldado que reconheceu Jesus como o “Verdadeiro Filho de Deus”, citado nos outros três evangelhos (Mateus 27,54, Lucas 23,47 e Marcos 15,39) no momento da morte do Messias.
Então se diz que ele era baixinho, o que significa que, talvez, Longinus fosse um apelido (já que o significado é comprido, longo).
Longinus era baixinho
Dizem que, por causa de sua baixa estatura, ele via tudo o que se passava por baixo das mesas, encontrando assim muitos objetos, que ele devolvia aos donos.
Daí surgiu sua fama de encontrar coisas perdidas.
Então a fama do soldado pagão passou para o convertido São Longuinho.
Dizem que a conversão de São Longuinho se deu aos pés da cruz, após ser atingido por respingos da água que saiu do lado do Cristo.
Aliás, dizem que foi curado de um problema de visão.
Enfim: a vida dele não foi mais a mesma.
São Longuinho abandonou o exército romano, e por sua conversão foi perseguido.
Fugiu para a Cesareia e depois na Capadócia.
Foi então denunciado, torturado e decapitado.
São Longuinho foi canonizado pelo papa Silvestre II, quase mil anos depois, no ano de 999.
Diz a lenda que o processo de canonização estava adiantado como os trâmites da Igreja.
Porém, vários documentos do processo se “perderam”.
Adivinha só? O papa pediu a intercessão do próprio São Longuinho para encontrar os documentos perdidos.
E, pouco tempo depois, os documentos apareceram e a canonização aconteceu.
A lança de Longinus, também conhecida por “lança do Destino”, está em exposição na Áustria e é venerada como relíquia.
Afinal é a lança que perfurou o coração de Jesus.
Nas pinturas e estátuas artísticas, São Longuinho é representado como um soldado com uma lança voltada para seus olhos.
Também representado na imagem de um monge com uma lanterna acesa nas mãos, representando alguém que procura algo perdido.
Enfim, sua festa é no dia 15 de março.
Quanto à quadra que fiz no título, é o que se repete para encontrar algo perdido.
É uma quadrinha popular que diz algo assim:
“São Longuinho, São Longuinho, se eu encontrar (tal coisa), dou três pulinhos.
Se encontrar, faça uma oração e agradeça. Nem precisa dar os tais pulinhos.
Oração a São Longuinho
“Ó glorioso São Longuinho, a vós suplicamos, cheios de confiança em vossa intercessão.
Sentimo-nos atraídos por uma especial devoção e sabemos que Deus ouvirá nossas súplicas por sua intercessão.
Lembrai-vos São Longuinho, prodigiosamente tocado pela graça de Jesus agonizante, em sua última hora, que nunca se disse que algum daqueles que recorrem à vossa proteção, fosse por vós desamparado.
Assim, me favoreça com vossa valiosa intercessão perante Deus e me auxilie a encontrar o objeto que tanto necessito. Amém”.
(Dizer o nome do objeto que procura e rezar um Pai Nosso e uma ave Maria)