Sei lá sobre o que eu escrevo


Hoje acordei a pensar sobre algum assunto para o blog.

Primeiramente porque tenho muitos na minha pasta, mas nenhum me atrai agora.

Não quero escrever sobre a dieta da moda, mesmo que todos estejam precisando.

Tampouco estou com vontade de cozinhar.

Nem de passar receitas ou dicas de plantio e meio ambiente.

Então, porque estou com esse vazio?

Talvez a sensação de não comunicar nada a ninguém.

Este blog era para ser um local de reflexão e aprendizado, mas não.

Eu tenho a impressão de falar vazio ou de não conseguir atingir seres pensantes.

É claro que sei que isso não é verdade.

Enfim, é apenas a sensação.

Quando vejo pessoas compartilhando frases feitas…

Especialmente aquelas mais idiotas…

Citações que são racistas, misóginas, sexistas… Sei lá!

Frases que a pessoa repete sem pensar se aquilo está certo.

Então eu penso em como falhamos como humanidade…

Eu devo ter falado durante a minha vida centenas de coisas que ofenderam a alguém.

Com essas pessoas me desculpo. Nunca pretendi ser preconceituosa.

Sempre acreditei que estamos no mundo para evoluir, mas não vejo a evolução.

Deveríamos evoluir pelo menos aos ponto de nãos nos destruir.

Então: ainda vejo gente comendo lixo, e debochados achando engraçado eles ainda terem lixo para comer.

Mulheres, crianças e idosos tratados como coisas diante da maioria indiferente.

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E pessoas que pagamos para administrar fazendo de conta que isso é só política.

Não seus tolos! Não é só política: é CARÁTER.

Nos tornamos um monte de nazifascistas diante de um campo de concentração a céu aberto.

Somos mesmo a geração que acredita que ter um leilão de 5G é mais importante do que matar a fome de um povo?

Sim, o maior programa inclusivo deste mundo terminou.

Sem bolsa família alguns milhões de famintos voltaram a existir.

Sem bolsa família a máfia voltou a ter mais dinheiro público para roubar. E matar.

Agora o benefício voltou, mas ainda falta muito para chegar a todos.

E seguimos destruindo tudo o que poderia ajudar este país a ser uma nação.

Mas essas pessoas preconceituosas devem estar certas.

O que importa é se ajoelhar diante dos poderosos e garantir “o seu”.

E os famintos, desesperançados, doentes e sem casa que se danem.

Problema deles.

Mais legal é colocar uma frase que lemos e veio ao encontro da nossa própria mediocridade.

Muito mais legal é continuar não lutando por nada e engolindo tudo.

Um conselho: não me leiam e nem me entendam.

Se eu estivesse certa eu seria bem-sucedida financeiramente.

Porque parece que só isso importa.

É mais um texto que não vai dizer nada a ninguém.

Enfim, não sei se a pobreza pior é física ou espiritual.

Enquanto uso minhas palavras para alertar, outros usam para ameaçar.

Sei lá.

Não sei o que estamos fazendo.

 

 

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