Semana cheia, mas precisamos continuar a lutar pela preservação


A luta contra a insanidade não tem fim

Essa semana foi tão corrida que mal deu tempo para cuidar de blogar.
Mas nem tudo foram correrias, há algumas vitórias, algumas coisas que ainda persistem no mesmo patamar, e outras que estão muito piores.
Para começar, quando escrevi este pequeno artigo, eu estava em um trabalho bem longe do meu “home-office” habitual.
Isso foi bom porque me afastou por uns tempos desse mundinho  ao qual eu nunca pertenci.
Preciso ver pessoas diversas, mesmo que, muitas vezes, elas se comportem igual às desse lugar onde moro e respiro poluentes.
Onde ouço barulhos, vejo desmatamentos por nenhum motivo a não ser colocar mais asfalto e concreto.
É bom conversar com colegas enquanto trabalho e trocar experiências.
Ótimo ver que não se está sozinho no mundo de opiniões que ninguém compartilha, ou mesmo que só concorda para não discordar ou debater.

Pessoas! O debate é necessário toda hora!

Se não debatermos, ficaremos estagnados a uma ideia que é apenas cômoda.

Quando escrevi este artigo a Monsanto, aquela empresa gigante que fabrica sementes geneticamente modificadas, fora derrotada em ação que esta moveu contra a AVAAZ e outros sites.
Esses sites escancararam para o mundo que a empresa quer destruir tudo e todos que plantem organicamente.
As multinacionais acham que ninguém pode levantar a voz e falar isso.
Foi mal grande M, mas um juiz acabou com seus privilégios e mostrou que você não é onipotente.
Mas isso foi uma pequena vitória e, de lá para cá, descemos muito a ladeira.
E não apenas na área ambiental, com boiadas passando.

Tivemos nossos dados vazados por empresas ligadas ao DESgoverno.

Eu diria que tropeçamos e por uma legislação desigual foi eleito o Calígula do subúrbio para ser alcaide mor.
Descobrimos que não há males menores, e temos mais de 600 mil mortos na conta de uma doença para a qual já existe vacina.

Lamento as mortes de famosos por conta da doença, mas não consigo calar os gritos daqueles que morreram e não alcançaram nem o pranto de um estranho.

Este é o país do deboche.
De gente que atropela e dá ré com o carro pra ver se matou mesmo.
De gente que faz coisas erradas porque está “copiando a atitude daquela pessoas famosa ali”.

Tenho vontade de gritar: SE VOCÊ SABE QUE ESTÁ ERRADO ENTÃO NÃO FAÇA!

Sabe a vitória da qual eu falei?
Parece tão pouco, mas é grande quando vemos que estamos sendo desgovernados e mortos.
Quando temos nossas terras roubadas, nossos rios e mares sufocados, nosso direito à vida em plenitude sendo massacrada.
E o pior é que não estamos em guerra com ninguém, mas estamos sendo combatidos como inimigos.
Gostaria que essa vitória se estendesse ao nosso País, mas parece que os juízes e políticos não ligam.
As pessoas em geral têm que aprender sem luta nunca seremos uma nação.

Que precisamos defender direitos e não manter privilégios.

E assim seguimos lutando para não sermos envenenados com agrotóxicos;
Para fazer hortas comunitárias;
Queremos o direito de plantar, colher e comercializar produtos orgânicos.
Lutamos para que nossos povos nativos não sejam assassinados só porque na terra deles tem uma jazida de alguma coisa que só vai trazer mais destruição que progresso.
Precisamos que os políticos, especialmente aqueles que estão em posições chave defendam o direito do cidadão eleitor, e grite conosco:

Sem desmatamento, mortes e destruição.

Precisamos nos responsabilizar para aprender a cobrar

Na área ambiental também precisamos lutar por muito tempo.
Primeiramente, precisamos parar com as ocupações em áreas de mananciais, e isso só será possível quando pararmos de excluir as pessoas como se elas só tivessem deveres e nunca direitos.
E falo aqui da exclusão social.
Precisamos ver claramente o limite entre nosso preconceito e a situação real e perguntar: como posso ajudar a mudar isso?
Precisamos aprender a preservar, pessoas, nosso entorno, o mundo.
Não tudo de uma vez, porque também não somos onipotentes, mas de pouco em vez.
Parem de jogar lixo na rua. Não é só a “sua” bituca, sacolinha, coisinha etc.
É o seu lixinho e de milhões de pessoas que agem de modo igual.
Quer saber quando aquele córrego ou nascente estarão livres de poluição? Quando você parar de jogar lixo no lugar errado.
Esta semana, estudando para escrever uma matéria, descobri que só na construção civil geramos 60% de todos os resíduos sólidos do país em um ano, o que dá umas 100 mil toneladas de lixo.
Esse entulho poderia ser reciclado e usado em muitas coisas.
Sim! Descobri que o entulho pode ser transformado e usado!
Será que há não passou da hora de descobrirmos isso todos nós?
Porque nos escandalizamos com algumas coisas e com outras não?
Por que nos escandalizamos com uma bobagem que vemos alguém fazendo e não com as 600 mil mortes?
Qual é a causa de nos incomodarmos com o mato na calçada, mas não com os desmatamentos e queimadas monstruosas?

Por favor, parem e pensem.

Espero ter mostrado algo com esse artigo.

Se conseguir mudar uma pessoa que seja, já me darei por feliz!

Ah! Essa foto aí embaixo é da paisagem da janela que eu vi por uns tempos, durante um dia de chuva.

Linda não é?

Hoje lembrei muito disso, pois alguém que me chamou para fazer um trabalho neste lugar entrou em contato.

E por conta disso, resolvi lembrar desse dia e pensar no que poderia ter mudado para melhor, mas não foi.

 

 

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