Esse é um texto rapidinho que pretende falar sobre questões essenciais.
São algumas coisas que vejo, ouço e tento pensar sobre com minha própria cabeça e não com os meus preconceitos.
Vejo gente falando que arte é inútil, mas só vejo inutilidade e dar uma boca a pessoa tão destrutiva.
Se arte é inútil, porque viajamos tanto para ver um Da Vinci, um Michelangelo, um Klimt ao vivo?
Se não podemos ter um trabalho decente, que nos sustente, para que estudar tanto?
Melhor permanecer na ignorância que vai acabar nos massacrando de um jeito ou de outro.
Vejo um país amordaçado, onde a verdade não pode ser dita, e quando alguém ousa dizer essa verdade é morto de muitas maneiras.
Morto pelas mentiras, morto pela desinformação, morto.
Estão desmatando a Amazônia e ninguém fala nada.
E estão matando mulheres e dizendo que a culpa é delas.
Estão matando pessoas que não têm onde nem como viver e chamando todos de drogados, vagabundos ou coisas piores.
Dizem que o desemprego diminuiu apenas porque, um primeiro mês, a taxa de admitidos é pouca coisa maior que a de demitidos.
Alô! Isso não é porque o buraco diminuiu. Apenas paramos de cavar.
Assino muitas petições todos os dias, por mais medicações ou por respeito aos professores.
Petições para acabar com o desmatamento, para acabar com a lei que libera pesticidas, e tantas outras, mas realmente não sei aonde isso nos leva.
Vejo notícias horríveis de meninas e meninos sendo mortos pela fome, estupro, maldade.
Conseguiremos ser ouvidos? Não sei, mas continuarei assinando.
Se eu não assinar, me sentirei como os ignorantes que acham que todas as coisas são inúteis.
Não quero acreditar que não temos o poder de mudar nada.
Porque se não temos o poder de mudar nada, qual o objetivo de estarmos respirando neste planeta?
Enquanto eu estiver respirando, serei resistência.
Em tempo: estou muito cansada mesmo de continuar respirando.
Preciso de uma vitória. Algo que me faça viver e não apenas sobreviver.