Um centenário mais vivo que nunca!


Já estou quase fora de data para falar desse velhinho simpático.

Isso porque ele nasceu junto com a Semana de Arte Moderna de 1922.

E está mais vivo que nunca!!!

Não quero cair nas obviedades deste ser um ponto icônico da capital paulista.

Antes de qualquer coisa, esse lugar sempre foi ponto de encontro.

Encontro de artistas, estudantes de Direito do Largo de São Francisco.

Ponto de muitos que hoje frequentam a Galeria do Rock.

O Ponto Chic é um desses bares/restaurantes mais tradicionais.

Mas tenho que dizer que o sanduba mais famoso foi criado aqui: o Bauru.

Parece fácil, mas, acreditem, ninguém chega nem perto de imitar!

E esse Bauru, batizado com o nome da cidade de seu inventor, Casimiro Pinto Neto brilha como o bar.

Receita do Bauru

O Ponto Chic mantém sua receita original:

Pão francês com finas fatias de rosbife

Tomate em rodelas e pepino em conserva

Uma mistura de quatro tipos de queijos fundidos em banho-maria (Prato, Estepe, Gouda e Suíço).

Quero destacar que o rosbife não é aquele embutido comprado no mercado.

Mas nem só de Bauru vive o centenário há outros lanches, porções e pratos tradicionais.

Particularmente, eu amo a feijoada.

Toda feita na medida.

Sempre acompanhada de batida de limão e caldo de feijão.

Finalizada com gomos de laranja cortados para limpar o paladar.

Mas não pensem que são esses ícones que mantêm o Ponto Chic há cem anos.

Pois eu posso destacar:

O atendimento é espetacular.

Não há uma só vez que eu não tenha sido tratada como membro da família.

É uma sensação de acolhimento que não encontro em lugar algum

O mesmo acolhimento dado aos estudantes revolucionários de 1932.

A sensação de pertencimento de jornalistas, artistas, esportistas e pessoas comuns.

Antes de acabar, o bar tem vários endereços.

Mas quero homenagear o meu favorito, o primeiro.

O Ponto Chic do Largo do Payssandu, 27.

No Centro Histórico de São Paulo.

Que está sempre sorrindo de portas abertas para a Irmandade do Rosário dos Homens Pretos.