Vamos falar de impostos?


Hoje falarei de uma coisa que ninguém gosta, mas que paga e nem sabe por quê: Impostos.
Segundo alguns homens públicos: “Impostos são o preço que pagamos por uma sociedade civilizada”.
Pelo menos deveria ser assim.
Sei que haverá muito leitor dizendo, mas eu não pago impostos.
E eu vou ter que dizer: você está enganado.
Porque há uma carga quase infinita de impostos e taxas neste País.

Esses impostos e taxas deveriam ser retornados em forma de serviços, direitos etc.

Muito bem, vou dar alguns exemplos bem palpáveis, que qualquer um poderá comprovar.
Um cupom fiscal de supermercado, no qual comprei apenas itens de alimentação, como café, leite, pão, frango, margarina etc.
Total da compra: R$ 48,05.
Impostos embutidos nesses itens: R$ 7,50, sendo que incidiu sobre essa compra 7,58% de imposto federal e 8,03% de estadual.
Acha pouco?
Compra um pouco maior, feita em um mercado atacadista, no total de 83,02. Impostos? 18,61.
Somando os tributos federais e estaduais, 22,41% de impostos!
E olha que não há “gastos extraordinários”, só comida e produtos de higiene e limpeza.
Vamos falar de outra coisa indispensável? Energia elétrica.
Nem vou falar nas tais bandeiras de cores diferentes colocadas nas nossas contas mensais.

E antes de mais nada isso é culpa da total incompetência na gestão dos recursos nacionais.

Falamos então de impostos agregados, como PIS e Cofins, que não entendo porque têm de ser pagos pelo consumidor.
Explico: moro em um prédio cujas luzes do corredor só são acesas enquanto os moradores circulam pela área.
Gastamos mensalmente o total de 1 kW, mas temos que pagar a tarifa de energia de R$17,15, mais a tal tarifa de Uso e Distribuição de R$ 5,42.
Isso fora as bandeiras e impostos etc. todos os meses.
Parece pouco? Multiplique isso por uns 100 milhões de habitantes e veja a conta final.
A questão que desejo colocar é que pagamos impostos sobre tudo.
Gasolina, comida, remédios, luz, água, telefonia e sobre o seu trabalho caro leitor.
Sim, porque o seu trabalho gera dinheiro e você tem que colocar no banco, e pagar para se aposentar e outras coisas.
Para que servem esses impostos?
Para manutenção de serviços públicos necessários como escolas, segurança pública, infraestrutura, saúde.
Não vou dizer aqui que não temos nada disso, mas será que temos mesmo o retorno de tudo o que pagamos?

Temos escolas adequadas e eficientes? E por favor, parem de culpar os professores. Eles fazem o que podem!

Há hospitais, policiais, políticas públicas de diminuição da violência?
Temos água de qualidade e esgoto em todas as casas do país?
Há moradia digna, trabalho garantido, infraestrutura, energia e tudo o mais que faz parte do direito do cidadão?

A resposta é um redondo não.

Não estou aqui para apontar o dedo para ninguém e ao mesmo tempo apontar o dedo para todo mundo.
Porque nós pagamos impostos e precisamos exigir o retorno.
Quando você manda seu filho para uma escola pública, ou vacina na UBS do seu bairro, o governo não lhe faz nenhum favor.
São seus impostos e taxas que pagam por aquele serviço.
Termino este pequeno artigo lembrando ao leitor que é ano eleitoral e que muitos políticos irão aparecer no seu bairro dizendo que fizeram isso e aquilo.
Nessa hora temos uma multiplicação de “donos de obras” que chega a ser um milagre.
Do mesmo modo, para conseguir seu voto, vão prometer o céu!
Quero que pensem em algumas coisas: nenhum deles vai colocar dinheiro do próprio bolso para fazer nada.

O dinheiro vai sair do seu bolso leitor/eleitor.

Assim como o dinheiro para pagar o camarada que está pedindo seu voto para que você o sustente.
E enquanto isso ele vota projetos que podem matar você e sua família, como a PL dos agrotóxicos.
A segunda coisa que eu quero que as pessoas aprendam definitivamente, é que o governo não tem fonte de renda própria.
Você é a fonte de renda.
O governo é seu dependente, e como tal, deve aprender a fazer as tarefas antes de ficar pedindo aumento de mesada, no caso, os impostos.

Talvez, no futuro, sejamos mesmo uma sociedade civilizada e possamos, como em outros países, dizer que os impostos beneficiam a comunidade, e não apenas os privilegiados.

 

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