Como fugir dos jogos da Copa do Mundo sem realmente fugir
O jogo contra o México já acabou, mas eu só verei a reprise por vários motivos.
Um deles é que meu coração não aguenta; eu sou uma tremenda “pé frio”.
Além do mais, há anos cheguei à conclusão que o resultado de um jogo de futebol só importa para os envolvidos.
É como ver o filme do casamento de alguém.
Se você não está envolvido, para que me interessa ver a madrinha com um vestido que parece a ema do Boi Bumbá?
Mas vim aqui para falar um pouco de copa do mundo.
Quero lembrar todas as vezes em que chegamos desacreditados a um mundial saímos melhores.
E que quando chegamos achando que somos os melhores, nos ferramos.
Espero que essa seleção não fique se achando antes dos próximos jogos.
Humildade é fundamental em qualquer situação.
Lembro especialmente de 1970, nosso tricampeonato no México.
Um time incrível, mas que saiu do país debaixo de vaias após trocarem, por motivos políticos, o João Saldanha pelo Zagalo.
Mas não quero falar de política hoje.
Ainda que eu saiba que jogos da copa são usados por políticos sem vergonha para fazer coisas muito feias com o povo deste país.
E só uma vez queria que a “pátria de chuteiras” fosse uma pátria de saúde, educação, segurança e moradia.
Quero falar de uma copa na qual começamos a comemorar timidamente e terminamos em um verdadeiro auê pelas ruas.
Antes de mais nada eu adoro ver os carros enfeitados, balões verde-amarelos pelos céus.
Vamos lembrar os rojões, e uma mesa de centro da casa da minha tia Roseta (daquelas de mármore) quebrada ao meio após uma comemoração de gol.
Hoje a mesa de centro da minha tia é de madeira, e estamos velhos demais pra ficar pulando sobre as coisas.
Só vamos quebrar a nós mesmos.
Antes de mais nada, essa é, novamente, uma copa contida.
Poucas decorações pelas ruas.
Muito provavelmente por conta de um 7×1 engolido no mundial passado.
Mas hoje, ouvi o grito de gol ao meu redor.
Mesmo não assistindo ao jogo, não há como não adivinhar que chegamos à meta adversária e convertemos.
E enquanto todos assistiam à partida de futebol, eu limpava, esfregava e fazia a massa desse pão de alho e azeite com gorgonzola.
Ingredientes
Um kg de farinha de trigo
Dois ovos
100 ml de azeite extra virgem
Dois envelopes de fermento biológico seco (20 gramas)
Uma colher de sopa de pasta de alho
Duas colheres de sopa rasas de açúcar
Uma colher de sopa rasa de sal
350 ml de água morna.
Preparação
Misture todos os ingredientes e sove muito bem, até que a massa desgrude das mãos e fique bem lisinha.
Se precisar coloque um tiquinho a mais de água ou de farinha até dar o ponto.
Deixe crescer até dobrar de volume (demora mais ou menos uns 50 minutos).
Aí você modela os pães, em formado de laranjas pequenas.
Então ponha em forma untada, com separação de um centímetro um do outro.
Pincele com gema misturada com azeite, decore com gergelim ou papoula.
Coloque sobre cada pãozinho uma pequena bolinha da seguinte mistura:
Misture 100 gramas de gorgonzola com uma colher de sobremesa de alho em pasta e amasse com um garfo.
Vá misturando um fio de azeite até chegar a uma textura de maionese bem firme.
Leve para assar em forno alto até dourar.
Uma observação: as decorações são opcionais.
Se você não gosta de gorgonzola, use algum queijo de massa mole e vire pasta.