Só avós fazem coisas gostosas?


Passamos um momento difícil, com pessoa lutando para salvar enquanto debochavam deles.

Ainda não nos livramos da epidemia de ódio!

Porém, mesmo que as coisas ainda não estejam ótimas, melhoramos muito!

E mesmo assim há coisas que ainda me deixam feliz e me consolam.

Entre elas é a amizade de pessoas como a Ana Ligia, que, como eu, aprendeu a cozinhar com a família.

Então ela me mandou o link de um projeto lindo da Itália.

Chama-se  “Pasta Grannies” (em tradução livre, vovós da massa), que mostra um grupo que resgata a antiquíssima arte de fazer macarrão caseiro e pode ser acessado em https://www.youtube.com/user/pastagrannies

O projeto me lembrou minha própria família, tias, avós, pais, irmãos, irmãs, primos e primas, reunidos à volta de uma mesa de cozinha para fazer comida para todos.

Agora já são descendentes de descentes, e ainda creio que falhamos em alguma coisa, que é bem demonstrada nesse projeto: não repassamos algumas tradições.

Não me levem a mal, nem todas as “tradições” devem continuar, mas há coisas que precisam viver!

Entre as coisas está a arte de fazer comida, antes que alguém mais novo ache que tudo será resolvido com o IFood.

Então: nem toda comida vem em embalagem descartável, e o dinheiro não sai por mágica dos caixas automáticos…

O que eu sinto falta, mais do que o sabor do macarrão que comíamos em casa, é da minha família reunida para fazer a massa.

Seja na cozinha da minha casa, ou na casa dos meus tios, dos meus avós.

Onde estávamos era sempre uma celebração.

E não era só macarrão, mas os molhos, as pizzas, pastéis.

Fábrica de salgados
Faça salgados para festa e ganhe uma renda com isso!

Lasanha em casa não era nada se não tivesse umas três ou quatro fornadas.

Tudo feito em casa.

 

Sei que o tempo ficou mais curto, ou será que nos ocupamos demais com o que não vale a pena?

Sinto falta das massas, mas sinto mais falta do tempo que passei em família.

Saudades até da minha avó dando bronca por causa de uma roupa mal passada.

Então, esse projeto me recordou muitas coisas.

Tempos mais simples em que as pessoas se entendiam com um olhar.

Resgatemos essas coisas, senão não sobrarão nem avós que fazem coisas gostosas.

Vou terminar com uma receita de talharim com pancetta e figos.

Quero mostrar que nem tudo precisa seguir um padrão (molho de tomate e queijo).

Então: faça a massa em casa, se você quiser. A receita está aqui. (clique e vá para a receita dos Palladinos)

Ingredientes

150 g talharim

4 figos

4 fatias de pancetta

Sal, pimenta

Nozes quebradas

Preparação

Primeiramente, corte as fatias de pancetta e grelhe-as na frigideira quente.

Assim que ficarem crocantes, reserve.

Depois, na mesma frigideira e com a gordura das pancettas, refogue os figos cortados em 4.

Então tempere com sal e pimenta e cozinhe com a panela tampada por uns dois minutos.

Enquanto isso, cozinhe o talharim na água fervente com sal, mas apenas a metade do tempo.

(Confira na embalagem se for massa industrializada).

Se fizer massa fresca, um minuto e meio na água fervente é o bastante.

Despeje o talharim na frigideira onde estão os figos.

Então acrescente um pouco da água onde foi cozido o talharim, acrescentando a metade das pancettas grelhadas.

Depois refogue por alguns minutos até absorver a água.

Se o talharim não for caseiro e ainda não estiver cozido, acrescente mais água e deixe refogar até ficar no ponto.

Finalmente, sirva num prato e coloque por cima o restante da pancetta e as nozes quebradas.

 

 

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