Sim. Essa é a verdade. Nós todos vamos morrer algum dia, e quanto a isso nada podemos fazer.
Mas resta saber como vivemos e o que fazemos com as nossas vidas.
Porém, não falarei em danação do inferno, porque as pessoas conscientes já chegaram à conclusão de que o inferno é aqui mesmo.
E para os loucos que pensam no apocalipse, todos os dias é o apocalipse para alguém.
Nestes tempos vivemos alguns apocalipses e, guardadas as proporções, só os mais conscientes perceberam.
Anos atrás, creio que em 2019, parte do estado de São Paulo ficou encoberta por uma nuvem de fumaça tão densa que o sol se apagou.
Fenômeno meteorológico, diziam alguns, mesmo diante da certeza de que aquilo era fumaça das queimadas da destruição da Amazônia e do Centro-Oeste brasileiro.
E para quem quiser ouvir (ou ler), o número de queimadas nessas regiões aumentou 82% em relação ao ano passado.
Ou seja, estamos mais destrutivos.
Nessas horas me pego pensando em como as pessoas são más.
Mesmo diante da verdade de que elas estão destruindo tudo e matando tudo e todos elas não param.
Continuam a espalhar mentiras porque acreditam que ter o poder é mais importante.
Chegará o dia em que não vai adiantar ter esse poder, porque não haverá mais nada o que submeter, já que tudo foi destruído.
Quem está atento sabe que o mundo está novamente à beira de um conflito mundial.
Muitos apocalipses acontecendo.
Chuvas e fenômenos extremos, bastante destrutivos.
Uma pandemia e parece que ninguém aprendeu nada.
Sei que pareço disco riscado, mas usar toneladas de agrotóxicos não vai colocar mais comida na mesa de ninguém, vai é matar a terra, a água, os animais, as pessoas.
E no dia em que tudo morrer, sobre quem o poderoso irá exercer seu “poder”?
Olho para a sanha dos nossos governos, concedendo aos feitores de escravos um chicote.
Tudo o que vejo são moleques que veem os vizinhos com um brinquedo que eles querem para si.
Então, na incapacidade de tê-lo querem destruir, porque, “se não é meu, não pode ser de ninguém”.
Gostaria de saber se um dia os moleques crescem, mas não creio.
Pelo menos não esses moleques arrogantes que fazem as políticas do país. Triste, mas verdade.
Essas pessoas estão tão preocupadas em manter o poder que se esquecem de como chegaram lá.
Esquecem-se de seu eleitor, daquele que precisa ser defendido.
Mas pior que isso é o eleitor, que continua perpetuando essa situação, sem reagir, como refém com síndrome de Estocolmo.
Ou pior, como cúmplice, que vê tanto mal acontecer e não faz nada porque espera que outros façam por ele.
Pior ainda, concorda com as ações.
Esta semana, mais uma vez vi um fulano culpando morador de favela por apagão elétrico.
O idiota ainda acredita que a conta cara que ele paga é por conta de gatos de energia.
Em meu apelo, apenas peço que acordem, porque estamos sendo mais roubados que nunca.
As empresas precisam aprender que só manterão o lucro se melhorarem o serviço.
Tudo o que foi conquistado está sendo usurpado.
Mas não se importem, porque vamos todos morrer.
E digo mais: não acreditem naquilo que esses poderosos dizem. Aquela nuvem não era uma nuvem de chuva.
A nuvem não se dissipou com a precipitação, ela continuou se espalhando até que o vento a levou a outras partes.
Queria terminar com essa frase, mas Caetano me veio à mente durante todo este dia, enquanto eu assinava moções (nos quais nem creio mais).
Enquanto tentava manter alguma dignidade no meu trabalho, e respirava fundo para ir adiante com a minha vida.
“Enquanto uns homens exercem seus podres poderes, morrer e matar de fome, de raiva ou de sede”…
Deus! Ajude todas as palestinas espalhadas pelo mundo!
Uma resposta para “Vamos todos morrer na nuvem de fumaça?”
Infelizmente o ser humano patece fazer questão de sujar e destruir sua casa, o local de onde tira seu alimento. A mãe natureza não admite ezse tipo de comportamento e está cobrando o seu preço.