Quando Portugal descobriu… a mandioca


Um dos cultivos milenares das Américas mostra sua cara

Quando os europeus invadiram as Américas, encontraram nativos.
Civilizações inteiras de pessoas que, até hoje, não se sabe como chegaram aqui, mas já estavam.
Encontraram alimentos nunca antes vistos por lá, como a batata, o milho, o tomate e a MANDIOCA.
Entre os muitos nomes para essa raiz, estão mandioca-mansa, aipim, macaxeira, mandioca-doce e pão-de-pobre.
Esses são alguns dos termos brasileiros para designar a  espécie de planta tuberosa.
Muito antes da chegada dos europeus, já era cultivada para alimentação entre a América do Sul e Central.
A palavra “Mandioca” tem origem do termo Tupi “mani-oca”, que significa “casa de Mani”.

Mani era uma benfeitora dos indígenas que viviam na parte leste da América do Sul.

A mandioca é a terceira maior fonte de carboidratos das regiões tropicais do globo, depois de arroz e milho.
Também é um dos alimentos básicos no 3º mundo e está na dieta básica de mais de meio bilhão de pessoas.

Mais de quatro mil variedades de mandioca

No Brasil, local de origem dessa raiz, existem mais de 4000 espécies catalogadas de mandioca.
A maioria dessas é fruto do trabalho de seleção e conservação dos agricultores em suas lavouras, durante anos seguidos.
São as chamadas variedades crioulas, com ciclos de plantios que variam de 6 a 36 meses.
É bom considerar que uma mesma espécie de mandioca se comporta de forma diferente, dependendo do solo e do cultivo.
No geral, a mandioca é uma planta rústica e com ampla capacidade de adaptação.
Ela é cultivada em todas as regiões tropicais, adaptando-se às mais variadas condições de clima e solo.

Mandioca tóxica existe sim

A mandioca difere das outras plantas produtoras de amido por seu teor de ‘linamarina’, que pode gerar cianeto livre.
Esse “ingrediente” é capaz de provocar intoxicações em um animal e até sua morte, em algumas situações.
As mais utilizadas para consumo humano são as mansas – aipim ou macaxeira, que não têm sabor amargo.
Elas são cozidas, fritas ou assadas, além de virarem farinha e são seguras para comer.
As mandiocas bravas ou venenosas têm sabor amargo e são usadas somente para fins industriais.
Algumas farinhas são processadas, na forma de farinha, fécula e outros produtos.

Benefícios da mandioca

A mandioca tem papel vital na segurança alimentar das economias rurais dos países da África Subsaariana e do semiárido brasileiro.
Sua resistência à seca e baixa fertilidade do solo e pragas faz da mandioca uma planta básica.
É um alimento rico em fibras, vitaminas e carboidratos, que garantem muita energia para o nosso corpo.
Essa raiz possui propriedades que a aumentam os níveis de serotonina no nosso cérebro.
A farinha de mandioca e o polvilho são as variações mais utilizadas da mandioca e ambos têm muitos benefícios à saúde.
Em algumas partes do mundo, usa-se a folhagem da mandioca para fazer xampu, sabão e outros itens de higiene pessoal.
Além disso, as fibras da mandioca são usadas na fabricação de tecidos e cordas.
A medicina natural utiliza o extrato da raiz de mandioca para combater dores nas articulações.
E para não perder tempo, essa raiz é rica em vitaminas A, B 12, C e D.
Ela também contém ferro, magnésio, potássio e proteínas.
Dietas vegetarianas usam para suprir o índice proteico.
Agora que você conhece melhor a mandioca, escolha uma forma e coma.
Minha maneira favorita é junto com um feijão feito na hora e uma pimenta de fazer chorar.
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