Mais um sabor da minha família italiana
Hoje, 10 de julho, é o dia da Pizza, e eu não poderia deixar de lado uma das invenções culinárias mais bacanas do planeta, junto com o macarrão, o sorvete e o chocolate.
Pelo meu sobrenome não dá para negar minha origem ítalo-brasileira, que está presente nos temperos que gosto de colocar na minha comida, nas massas frescas feitas em casa (tem receita aqui no blog), nos doces diferentes (prometo colocar as receitas de alguns por aqui), mas principalmente no sangue quente, que explode por qualquer coisa, mas esquece mais rápido que o estalar de dedos.
Lembro especialmente das noites de sábado em minha casa, quando toda a família ia para a cozinha, já que durante a semana a escola e o trabalho dos meus pais quase impediam refeições familiares, e, juntos, fazíamos pizzas.
Vejam bem que eram os anos 60/70 e não havia os Delivery em cada esquina, portanto pizza caseira era a opção. Fazer a massa, fazer a primeira assada para não comer nada cru, colocar o molho de tomate caseiro, que deixávamos preparado de antemão, e colocar os ingredientes mais disputados: muçarela, atum, calabresa, rodelas de tomate fresco, azeitonas devidamente descaroçadas, orégano, manjericão. Assar e… comer feito um monte de mortos de fome. Mas, antes de passar algumas receitas de família, vamos à história desse prato, que é preferência quase que mundial!
Como nasceu a redonda?
Há um monte de histórias contando as origens da massa saída do forno, crocante, com todo o tipo de recheios que imaginar, mas sem a maldita borda de queijo processado nojento, por favor! Estamos falando de tradições aqui! Mas você sabe de onde vem a pizza? Da Itália, é claro!
Há versões que contam como nas cozinhas de Roma se fazia uma massa simples de farinha, água, fermento e sal, que servia de prato para colocar iguarias durante as refeições. Mas há histórias desse tipo de criação por todos os povos do Mediterrâneo. Entretanto a cidade de Nápoles brilha como porto seguro, onde a pizza se desenvolveu e foi exportada para o mundo com os imigrantes que aportaram nas Américas e aperfeiçoaram o prato do dia!
O molho de tomate que cobre a redonda só foi possível após a descoberta da América em 1492, já que o fruto é nativo deste lado do planeta. Os outros ingredientes foram acrescentados ao gosto do freguês.
Já falei aqui no blog da mais famosa das pizzas, a Margherita, feita em homenagem à rainha de mesmo nome, e que levava as cores da bandeira italiana: vermelha do tomate, branca do queijo e verde do manjericão. No artigo há receita da massa da família e também uma versão da famosa pizza que regalou até a realeza italiana.
Mas veja bem, eu sei que hoje em dia temos todas as facilidades para pegar um telefone e pedir uma pizza, o que é mais fácil na nossa vida corrida, mas não há nada mais gostoso do que uma pizza caseira, feita com ingredientes frescos. Vou passar uma receitinha básica só para não perder a data, e FELIZ DIA DA PIZZA! E vamos comer uma redonda!
Pizza de tomate seco, muçarela de búfala e manjericão
Ingredientes
Duas xícaras e meia (chá) de farinha de trigo
Duas colheres (sopa) de azeite de oliva
Uma colher e meia (sopa) de fermento seco para pão
Uma xícara (chá) de água morna
Para o recheio:
Duas conchas de molho de tomate para pizza
Três xícaras de muçarela de búfala ralada (queijo em fatia empedra quando derretido)
Uma xícara de tomate seco
Duas xícaras de manjericão fresco
Duas rodelas de cebola branca
Orégano
Preparação
Misture os ingredientes da massa e amasse bastante para ficar bem homogêneo. Deixe descansar. Abra a massa com o rolo de macarrão e corte com ajuda de uma forma redonda. Leve ao forno por 10 minutos.
Retire do forno e recheie com o molho de tomate, a muçarela, o tomate seco, o manjericão fresco, rodelas de cebola (espalhadas) e orégano para finalizar.
Leve ao forno por 15 minutos ou até gratinar um pouco o queijo.
Uma dica: só coloque azeitonas após assar a pizza. Nada mais horrível que azeitona murcha e esturricada.