Hoje cedo recebi meu e-mail habitual do Greenpeace, lembrando que em outubro temos datas importantes para manter a humanidade, como o Dia da Agroecologia (3/10) e da Alimentação (16/10).
Então outubro é um mês importante para lembrar que alimentação saudável, além de ser um direito, é essencial para um mundo mais sustentável, especialmente no Brasil, onde o principal agravante da crise climática é a produção de alimentos, que representa 75% das emissões.
Este não é meu primeiro post sobre o tema, tendo AQUI, por exemplo, um comentário sobre o documentário Wasted, do falecido chef Anthony Bourdain.
Lá eu uso o documentário para explicar o quanto se desperdiça desde antes de plantar, passando pela colheita, transporte e venda ao consumidor etc.
No e-mail de hoje a entidade coloca ideias que poderiam resolver os problemas sobre emissões e venenos em toda a natureza.
Uma solução que resolveria baita problema seria se governos e empresas priorizassem a agroecologia, um modelo que não usa agrotóxicos, protege o clima, gera renda e ainda coloca comida de verdade na mesa das famílias.
Sim, porque a sua comida não vem do gigante agro, que só planta e cuida de coisas que serão exportadas.
Diante de todas as coisas horríveis que estão a acontecer no mundo cheio de conflitos, essas sugestões parecem tolas.
Mas precisamos, de verdade, alimentar as pessoas. TODAS as pessoas têm o direito à segurança alimentar.
Seguindo essa ideia de uma dieta equilibrada e ecológica, o Greenpeace destacou seis dicas do Guia Alimentar da População Brasileira, elaborado pelo Ministério da Saúde:
Informação: Há muito conteúdo sobre comida e saúde, mas poucas fontes confiáveis. Use, compartilhe e fale do Guia Alimentar com sua família, amizades e colegas de trabalho.
Oferta: Ultra processados estão em toda parte, com MUITA propaganda e promoção. Para escapar das tentações, faça compras em feiras ou diretamente de produtores, dando preferência a alimentos agroecológicos e orgânicos da agricultura familiar.
Aqui eu acrescento: veja se há uma horta comunitária em sua cidade. Também são locais onde se pode comprar alimentos frescos e bons preços.
Custo: O valor total de uma dieta in natura é mais baixo se você preferir alimentos da estação, produzidos localmente e “comida feita na hora”. Não se esqueça de exigir dos governantes preços acessíveis, restaurantes populares e cozinhas comunitárias.
Habilidades Culinárias: A falta de transmissão de práticas e receitas entre gerações favorece o consumo de ultra processados. Exercite e valorize o ato de cozinhar e as tradições culinárias. Aproveite para cozinhar em família.
Tempo: Alimentação saudável requer dedicação. Para facilitar, planeje suas compras, organize a despensa, pense no cardápio da semana e aumente suas técnicas culinárias. Não se esqueça de chamar quem mora com você para compartilhar as tarefas da cozinha.
Publicidade: Ultra processados dominam os comerciais, atingindo principalmente adolescentes e crianças. Por isso, é crucial o diálogo sobre as funções dos anúncios em aumentar suas vendas e os direitos do consumidor.
Lembre-se de conhecer e valorizar quem coloca comida na nossa mesa, a agricultura familiar, que é a maior responsável pela diversidade de alimentos no Brasil.
Então, voltando à afirmação sobre os conflitos que fiz ali no meio, quero lembrar que estamos em um mundo que tem fome.
No nosso país há milhares de pessoas com fome.
Não dá mais para aceitar que destruam a natureza e as pessoas continuem com fome.