Antes de mais nada, eu ia começar falando daquilo que eu e minha família chamamos de fricazza.
Mas já vi variações desse nome (ficazza, ficazzela, focaccia), sei lá.
Foi assim que aprendi em casa, com minha saudosa tia (zia) Marina.
Essa não é a “receita dela”, porque como boa cozinheira de muitos anos, ela fazia tudo a olho.
Algumas pessoas da família Palladino têm essa receita.
Mas todos concordam que nenhuma fricazza fica tão boa quanto as que minha tia Marina fazia.
Porém, esse é um prato tão bom e barato, que não tinha como não passar uma receita que eu faço.
E é uma coisa tão tipicamente italiana que vou matar dois coelhos e falar de umas festas de rua.
![Panificação e confeitaria](http://depoisdos39.com.br/wp-content/uploads/2021/06/WhatsApp-Image-2020-06-17-at-15.37.09-300x300.jpeg)
![](http://depoisdos39.com.br/wp-content/uploads/2019/01/festa-italiana-e-fricazza-1-300x300.png)
Brás, Bexiga e Mooca
Vamos começar com a de São Vito Mártir (que é comemorado em junho).
Este ano de 2022 as festividades serão entre 13 e 27 de março na rua Fernandes Silva, 96, no Brás.
Mas, tradicionalmente acontecem na Polignano A. Mare.
Como toda boa festa italiana, tem música, brincadeiras e comida.
A renda vai para as obras assistenciais da comunidade.
Outra festa tradicional, e festa de Nossa Senhora Achiropita, entre agosto e setembro na rua Treze de Maio (Bela Vista).
Essa festa de rua também tem comida e bebida.
![](http://depoisdos39.com.br/wp-content/uploads/2019/01/festa-italiana-e-fricazza-2-300x300.png)
A igreja da Achiropita (em tradução livre: Aparecida), tem caráter religioso, com missas o dia todo.
Nos finais de semana as barracas de rua recebem milhares de visitantes para apreciar as delícias da Itália.
A terceira festa típica, São Genaro, entre setembro e outubro, na Mooca, é talvez a mais concorrida.
Barracas de rua, e restaurantes competem pela atenção dos festeiros famintos.
E são milhares mesmo!
Mal dá para circular pelas ruas de tanta gente buscando por cannoli, fricazza, macarrão e pizza.
Então chegamos ao ponto do porque passar uma receita tão caseira.
Antes de mais nada, porque essa receita é segredo de família.
É a nossa versão da Fricazza que está em todas essas festas (com os nomes que mencionei)
![](http://depoisdos39.com.br/wp-content/uploads/2019/01/festa-italiana-e-fricazza-3-300x300.png)
Uma coisa que os paulistanos amam degustar nessas barracas de rua.
Mas sei que nem todos são daqui, e mesmo os que são, podem não conhecer.
Enfim, se você não é de São Paulo, a saída é encostar a barriga no fogão e fazer!
Prometo que vai valer a pena!
Mas duvido que fique igual à da minha tia Marina.
Ingredientes:
½ quilo de farinha de trigo
Três colheres (chá) de óleo
Uma colher (chá) de açúcar
Uma colher (sobremesa) rasa de sal
Uma batata média cozida e passada no espremedor
15 g de fermento biológico
½ copo americano de água morna
Manteiga sem sal para untar
Recheio
300 g de tomates picados
100 g de muçarela ralada
Sal, orégano, azeite extra virgem, folhinhas de manjericão frescas e pimenta-do-reino a gosto.
Preparo:
Dissolva o fermento na água morna, adicione o açúcar e depois os demais ingredientes.
Então sove bem a massa e deixar descansar até dobrar de volume.
Unte uma assadeira redonda com manteiga e vá colocando a massa com a mão, deixando dois dedos abaixo da altura da forma.
Pré-asse a massa e reserve.
Tire do forno quase fria e adicione a cobertura de tomates, temperados com o sal, orégano, azeite, manjericão e pimenta-do-reino.
Cubra com muçarela ralada.
Coloque a fricazza novamente para assar em forno médio até derreter o queijo.
Sirva-a ainda quente.